Hospital Júlio de Matos.
Estou sentada num café
perto deste hospital.
Ao meu redor,
vagueiam pessoas diferentes,
com olhar diferente,
com vidas que só elas entendem
(ou talvez não).
Pessoas a quem a vida não sorriu
e que,
por um motivo ou outro,
lhes mudou o mundo interior.
e a sua visão do mundo exterior.
E nós, mundo exterior,
como vemos estas pessoas?
como aceitamos estas pessoas?
Sim, porque é de pessoas que se trata!
Pessoas como eu, tu, todos nós,
apenas com uma visão muito própria
da sua própria vida.
Muitas delas estão isoladas;
isoladas do mundo,
da sociedade,
da família.
Mas não deixam de ser pessoas.
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