quarta-feira, 25 de julho de 2012

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sábado, 12 de maio de 2012


PSICOLOGIA SOCIAL
TRABALHO SOBRE TÉCNICAS/TÁCTICAS DE PERSUASÃO

Uma das técnicas de persuasão é a chamada “pé na porta”. Consiste numa pessoa X oferecer algo pequeno para prender a atenção da pessoa Y de modo a ir, depois, ao ponto onde realmente quer chegar. A coisa oferecida pode ser pequena ou insignificante para que a pessoa Y dificilmente possa recusar. Depois de aceitar a “oferta”, a pessoa X propõe gradualmente outras, mais significantes. Considerando que a pessoa Y já aceitou a oferta menor, fica mais inclinada a aceitar as ofertas seguintes do que se o assunto fosse abordado de forma directa.

Como exemplo desta técnica, relato o que se passou comigo há uns anos atrás:

Um dia fui abordada na rua por uma pessoa que me perguntou se tinha um minuto para responder a um inquérito sobre viagens e países que gostaria de visitar. Disse-lhe que, se fosse realmente rápido, aceitaria. Depois perguntou-me se podia ir ao escritório da empresa para quem trabalhava e que era junto ao local onde nos encontrávamos. Aceitei. Já sentados numa sala, começou a fazer as perguntas e eu ia respondendo olhando de vez em quando para o relógio (já teriam passado uns 15 minutos). Reparando que eu estava “impaciente” com as horas, o senhor disse-me que estava mesmo a acabar e que só faltava mostrar algumas imagens do país que eu referi. Após isto, continuou dizendo que podia ganhar uma viagem e estadia para uma semana e duas pessoas, completamente grátis. Entretanto levantou-se, pediu-me que o seguisse até uma outra sala (onde havia utensílios domésticos e pequenos electrodomésticos). Foi então que referiu que, na compra de qualquer artigo exposto ficaria habilitada a um sorteio.
Já teriam passado cerca de 45 minutos! Foi então que eu, com alguma ironia, lhe agradeci o facto de ter demorado tão pouco tempo, disse-lhe que não estava interessada, voltei costas e saí.

Em conclusão, esta técnica de persuasão levou-me realmente a “gastar” o meu tempo mais do que o desejado, levou a que a pessoa que me abordou me fizesse ouvir tudo quanto tinha para me dizer, falhando apenas o objectivo último que era levar-me a comprar um determinado artigo. Esta técnica não foi, por isso, completamente eficaz.



Elaborado por
Maria Manuela Marques Ezequiel Lopes
Nº 210440
2º Ano do Curso de Serviço Social Pós-Laboral

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Projecto de Intervenção com a Prostituição - Estudo de caso da “Ana”

INTRODUÇÃO

Este trabalho é realizado no âmbito da unidade curricular de Psicologia e tem como objectivo elaborar um projecto de intervenção para encontrar uma solução para um caso real em que fossem usadas as matérias de Psicologia.
O nosso grupo decidiu escolher o caso da “Ana” , uma mulher que optou pelo caminho do dinheiro imediato – prostituição, quando se encontrou numa situação de aperto financeiro, devido ao divórcio. Ana divorciou-se, devido ao abandono do marido, e deparou-se com uma situação de dificuldades financeiras, pois tinha que sustentar a casa e o seu filho “Ricardo” , um rapaz de 10 anos que ainda se encontra na idade escolar. Ana tem apenas o 9.º ano de escolaridade e não tem experiência profissional, pois enquanto casada era doméstica.
A partir do momento em que se casou, Ana afastou-se da família e depois do divórcio os sogros deixaram de prestar apoio financeiro ao seu neto.
A dificuldade em arranjar emprego, devido à pouca escolaridade e falta de experiência profissional, levou-a a optar pelo caminho de dinheiro imediato e nenhum outro trabalho lhe dava tanta “independência económica”.
Contudo, a sua relação com o filho tem vindo a degradar-se, pois ele não consegue lidar com a profissão da mãe e Ana também tem vergonha do que faz, mas segundo a mesma “não sabia fazer mais nada… não sou bonita, nem inteligente, mas há sempre homens que procuram mulheres, sejam elas bonitas ou feias, apenas querem uma coisa…”.
O nosso projecto de Intervenção engloba 5 objectivos, são eles:

1. Elevar a auto-estima;
2. Investir na formação;
3. Acompanhamento psicológico para mãe e filho (para melhorar a relação)
4. Ajudar a Ana a arranjar emprego.
5. Integrá-la num grupo de apoio.

Tivemos conhecimento do caso da Ana, através de uma assistente social que colabora na distribuição de alimentos aos sem-abrigo. Conseguimos contactá-la e após algumas tentativas, ela disponibilizou-se para contar a sua história, desde que não fosse revelado o seu nome, o do seu filho e a zona onde trabalha ao que acedemos ao seu pedido. Após algumas entrevistas, propusemos um plano de intervenção social com o objetivo de a reabilitar e integrar na sociedade.
Este plano foi discutido e negociado com Ana ao qual acabou por ser aceite.
Passamos a expor em detalhe a explicação dos vários 5 objetivos principais do plano de intervenção social nas páginas seguintes.

1. ELEVAR A AUTO-ESTIMA

As necessidades de estima são os desejos de respeito próprio, sentimento de realização pessoal e de reconhecimento por parte dos outros (conforme a Pirâmide das Necessidades de Maslov) e estão relacionadas com o modo como uma pessoa se vê e se avalia. Para satisfazer estas necessidades as pessoas procuram oportunidades de realização para reforçar as suas competências. No entanto, a frustração pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo que podem levar à sua total desmotivação.
Após o desabafo da Ana, a ajuda na elevação da sua autoestima é fundamental no início deste processo de recuperação de uma vida digna.
Numa primeira fase é importante uma relação crescente de confiança entre nós, interventores, e a Ana, tendo uma postura de ouvinte, sem fazer julgamentos e com a paciência suficiente de modo a que Ana lhe confie os seus desesperos, as suas desesperanças.
O auto-conhecimento é o melhor caminho para elevar a auto-estima pois, à medida que a Ana se conhece, começa a respeitar-se e até a admirar-se. Através deste processo de auto-conhecimento descobre um novo olhar sobre si mesma, revelando as suas próprias características e descobrindo os seus desejos, necessidades e potencialidades; toma consciência do próprio valor como ser humano e é através da introspeção da história de vida pessoal que descortina os valores positivos que tem e os faz elevar.
Ter objetivos é essencial mas estes devem ser alcançados passo a passo dentro do que é possível, de modo a elevar a auto-estima; devem, por isso, traçar-se metas (objetivos parcelares), uma vez que o objetivo a alcançar pela Ana é muito difícil (ela mesmo o reconheceu).
Os objetivos devem ser bem estruturados (objetivos SMART); devem ser específicos (definindo-os ao pormenor), mensuráveis (quantificando as metas para saber se o atingiu), atingíveis (sendo honesto consigo própria sobre o que nesta fase da sua vida acredita que vai conseguir, tendo em conta as suas atuais responsabilidades pois depende do esforço próprio), realistas (devendo ser exequíveis e reais) e temporizáveis (definindo um intervalo de tempo para cada objetivo).
Assim, cada meta alcançada é uma pequena vitória, um passo em frente na elevação da auto-estima e na resolução do problema.

2. INVESTIR NA FORMAÇÃO

Para que a Ana deixe a prostituição, tendo em conta que ela não tem experiência profissional, é importante investir na formação para que mais tarde ela venha a exercer a sua futura profissão.
Na fase da formação, vamos tratar o tema Cognição, mais propriamente a criatividade e resolução de problemas. Vai ser trabalhada, também, a Motivação, segundo a perspetiva Funcionalista, de William James, pois a motivação “são as razões pelas quais as pessoas procuram fazer aquilo que fazem” (Feldman; 2001, p. 324). Muitos psicólogos afirmam que a motivação e as emoções estão ligadas, pois “enquanto a motivação se preocupa com as forças que dirigem o comportamento futuro, a emoção diz respeito aos sentimentos que experimentamos ao longo das nossas vidas” (Feldman; 2001, p. 324).
A perspetiva Funcionalista contrasta com perspetiva experimental e a perspetiva estruturalista, pois nenhuma delas dava resposta às questões funcionalistas (“para que serve?”).
Então, nesta fase, vamos ajudar a Ana a ser criativa e funcional, isto é, a ter uma ideia que seja original e útil, e que sobretudo que lhe agrade, pois um dos segredos da motivação é fazer o que se gosta, normalmente sentimo-nos mais motivados quando fazemos o que gostamos.
A Ana tinha revelado na entrevista inicial, que tinha verdadeiro gosto pela cozinha, que era das coisas que mais gostava de fazer em casa, ela mesma assumiu que gostava de “inventar novos pratos”, era, portanto criativa. Então, incentivámo-la a investir num curso de culinária, visto que era algo que a motivava e era funcional e útil.

3. ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO PARA MÃE E FILHO

Nesta etapa o objetivo é melhorar os laços entre Ana e Ricardo, que se foram deteriorando desde que o seu marido saiu de casa, deixando ambos desamparados e sem meios de subsistência.
De modo a conseguirmos atingir estes objetivos iremos trabalhar segundo algumas teorias que melhor se adaptam não só à situação de ambos como também aos objetivos que pretendemos.
Existem várias temáticas que vão ser desenvolvidas e que nos vão ajudar a melhorar a relação entre ambos, tais como: a aprendizagem enquanto agente de modificação de comportamentos, a memória na medida em que ajudará a libertar recalcamentos de experiências negativas passadas, motivação e emoção pois é necessário transformar sentimentos negativos em emoções positivas, desenvolvimento ao longo da vida, recorrendo às teorias estruturalista e comportamentista na criação de novas regras e formas de vida e por fim o estigma de modo a ajudar a ultrapassar os sentimentos de descriminação, de diferença e rejeição familiar e social.
Vamos desenvolver um pouco mais cada uma destas perspetivas de modo a contextualiza-las fazendo um paralelo entre a teoria e a prática, ou seja, como se aplicam estas teorias à experiência de vida de Ana e Ricardo.

O PARALELO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA

A “aprendizagem é a conexão entre o estímulo e a resposta” (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001). É um “processo de relação do sujeito com o mundo externo no plano da organização interna do conhecimento” (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001). Associado à aprendizagem está a cognição, na medida em que é o “processo através do qual o mundo de significados tem origem” (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001). A aprendizagem cognitiva não é mais do que a atribuição de significados à realidade com que nos deparamos. Dentro do cognitivismo destacamos a aprendizagem significativa como um processo de relacionamento de ideias/ informações com conceitos pré-definidos que são relevantes, claros e disponíveis que constam da estrutura cognitiva do ser humano e são assimilados por ele (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001). Também existem as teorias do condicionamento que definem que a aprendizagem como sendo “consequências comportamentais onde enfatizam as condições ambientais como forças propulsoras da aprendizagem” (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001). Assim, estas teorias explicam que Ana rege a sua vida segundo a teoria do condicionamento, uma vez que após o abandono do marido fez com que enveredasse para a prostituição como sendo alternativa última de sobrevivência, enquanto que Ricardo e porque tem pouca experiência de vida, segue segundo a teoria da aprendizagem significativa, pois assume relação entre a crise familiar (abandono do pai) a sentimentos negativos de rejeição e revolta, segundo nos relatou Ana numa das suas entrevistas “ele está sempre revoltado, fala mal comigo e até já os amigos se começaram a afastar dele”.
Também estas teorias podem contribuir para a reabilitação da relação entre ambos e com os outros, na medida em que criando novos significados e ambientes (neste caso mais positivos) contribuem para alteração dos comportamentos e ambiente onde ambos se inserem.
A memória é um “processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos” (Cardoso, 1997).
A memória e a aprendizagem estão muito ligadas entre si, pois a segunda requer o processo da primeira.
No entanto existem vários tipos de memória: memória primária (curto prazo), memória secundária (longo prazo) e memória icônica (muito curto prazo, também conhecida como memória fotográfica ou visual). Aqui apenas nos vamos concentrar na memória secundária ou de longo prazo, pois esta requer atenção, repetições e ideias associativas que está associada a experiências emocionais, ou seja, abandono do pai/marido e experiência da prostituição. Também achamos pertinente abordarmos os vários tipos de retenção da memória: reintegração, evocação, reconhecimento e reaprendizagem. Neste caso consideramos que a reaprendizagem se encaixa melhor nesta situação, considerando que é a “evocação de um acontecimento passado desencadeada por um estímulo relacionado àquele acontecimento” (Hofstatter, 1978), neste mais aplicado a Ana, na medida em que terá de aprender uma nova actividade - a culinária, para montar o seu próprio negócio. Também consideramos que poderá ser aplicada na relação entre mãe-filho onde terão de lidar um com o outro para reaprenderem novas formas de vida.
Relativamente á Motivação e Emoção, podemo-las defenir:
Motivação é o processo que relaciona necessidade, ambiente e objecto e que predispõe o organismo para a acção em busca da satisfação da necessidade (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001).
Emoção é uma experiência comovente que nos incita a fazer qualquer coisa (Hofstatter, 1978).
Relacionamos ambas relativamente à natureza das emoções e o modo como iremos lidar com a frustração, sendo esta um sentimento muito presente em Ana “Senti-me frustrada quando tentei procurar trabalho. O melhor que me ofereceram foi o ordenado mínimo e a fazer limpezas. Bati em muitas portas, mas é complicado quando não temos escola suficiente para conseguir um emprego decente.”
A relação entre Ana e Ricardo tem associadas muitas emoções negativas como medo, ansiedade, aversão, tristeza e até tédio, estimular a motivação em ambos é fundamental para ajudar Ana no seu novo negócio como também ajudar Ricardo a perceber que a sua só aceitou a prostituição por falta de oportunidade e que está recetiva para aceitar o desafio de criar um negócio seu.
Ultrapassar esta fase é muito importante na reconciliação entre ambos.
No desenvolvimento ao longo da vida, pretendemos abordar as teorias estruturalista (infere regras internas a partir de comportamentos observados) e comportamentista (o ambiente determina os comportamentos que uma pessoa irá adquirir) (Hofstatter, 1978). O desenvolvimento de Ana aplica-se na teoria estruturalista, pois após ter tentado arranjar trabalho e não ter conseguido acabou por criar a sua “regra” de enveredar na prostituição; já em Ricardo, o seu nível de desenvolvimento aplica-se na teoria comportamentista, pois foi o ambiente (abandono do pai e decisão da mãe pela prostituição) que levaram à alteração dos seus comportamentos (revolta).
Ambas as teorias se convergem na reabilitação de ambos, pois a oportunidade de criação do próprio emprego (ambiente) vai resultar na alteração de comportamento (maior auto-estima, motivação) e por conseguinte dá origem a uma nova alteração das próprias “regras” (nova forma de vida).
Por último abordamos o Estigma enquanto “atributos sociais que um individuo, grupo ou povo carregam e cujo pode ser negativo ou prejorativo. O estigma revela que a sociedade tem dificuldade em lidar com o diferente.” (Bock, Furtado, & Teixeira, 2001). O estigma pode acompanhar o individuo desde que nasce ou a partir de uma certa altura da sua vida e interfere com a auto-imagem e auto-estima do individuo, por ter uma carga negativa associada.
O estigma acarreta sentimentos de rejeição, de discriminação, de inferioridade e de diferença/ marca. Comportamentos associados a estes sentimentos são a ansiedade, stress, baixa autoestima e diminuição na procura de cuidados.
Em relação a Ana, ela ressente muito este estigma devido ao facto de se prostituir “As pessoas quando passam olham-nos de lado. Outras vezes passam nos carros e chamam-nos nomes, como se a gente gostasse de estar ali! Mesmo em relação ao meu filho, lembro-me da primeira vez que ele chegou da escola irritado, começaram a gozar com ele porque descobriram que a mãe dele era prostituta! É complicado gerir isto…”.
O objetivo em relação a esta temática é reatar a comunicação com a família de Ana, com a qual perdeu contacto na altura em que se casou, mas também com a família do ex-marido que deixaram de prestar apoio e assistência a partir do momento em que souberam que Ana se prostituía.
A família é o apoio mais direto e por isso consideramos importante a reconciliação com a mesma, começando por resolver esta questão do estigma.
Assim, propomos os seguintes passos na concretização deste objetivo: reatar contactos com a família, desenvolver a tolerância entre todos, estimular e acompanhar a reintegração na sociedade e por fim o acesso à informação útil que ajude não só na sua nova atividade como também em termos de apoio extra que necessite para se manter no projeto que foi traçado.


4. AJUDAR ANA A ENCONTRAR EMPREGO

Na fase de arranjar emprego, vamos tratar novamente a Criatividade e resolução de problemas, porque a resolução de problemas requer competências psicológicas e conhecimentos diferentes.
Por que razão algumas pessoas conseguem encontrar soluções melhores do que outras pessoas? Existem várias soluções para os mesmos problemas, mas as soluções para o mesmo problema, por vezes, revelam algumas discrepâncias. Isto deve-se aos dois tipos de pensamento existentes: pensamento convergente e pensamento divergente.
O Pensamento Convergente dá-nos respostas baseadas principalmente no conhecimento e na lógica. Respostas de senso comum.
O Pensamento Divergente é um pensamento mais criativo, este pensamento diz respeito à capacidade para gerar respostas invulgares a certos problemas, embora também apropriadas, apenas mais elaboradas.
Alguns psicólogos afirmam que a criatividade tem ingredientes fundamentais, são eles: a vontade de correr riscos (Robert Stenberg e Todd Lubart) e a complexidade cognitiva (Barron). A vontade de correr riscos pode resultar em grandes vantagens, pois as pessoas criativas assemelham-se a investidores bem-sucedidos. Quanto à complexidade cognitiva, isto é, o uso e a preferência por estímulos e padrões de pensamento elaborados e complexos. As pessoas mais criativas, normalmente, possuem interesses mais abrangentes.
Portanto, no caso da Ana, a solução convergente seria ela arranjar emprego como cozinheira e a solução divergente seria a Ana criar o seu próprio emprego, um pronto-a-comer, com take-away
Nesta fase da intervenção, a Ana já teria abandonado a prostituição de modo a dedicar-se a tempo inteiro ao filho e à criação do seu negócio. Estes passos serão dados ao mesmo tempo que é feito desligamento do interventor social com o cliente – a Ana. Por esta altura ela seria encaminhada para uma instituição que a irá acompanhar nos próximos tempos.



5. INTEGRÁ-LA NUM GRUPO DE APOIO

No decurso do processo de intervenção, uma das muitas preocupações das Assistentes Sociais é o final da intervenção e o desligamento com o sistema cliente. Embora nesta fase se possa avaliar o processo da Ana positivamente, uma vez que se encontra completamente integrada na sociedade e adquiriu as ferramentas necessárias para resolver os problemas do quotidiano que lhe possam surgir. Mas não esta livre da possibilidade de retrocessos, e para os evitar e não a deixar desamparada, resolvermos encaminhar a Ana para uma associação que apoia mulheres com histórias de vida similares à sua, onde ela poderá procurar apoio e participar nas terapias de grupo.
No sentido de os objetivos traçados mutuamente durante a intervenção, em que se promoveu e utilizou as suas capacidades positivas para a prossecução da mudança pretendida, continuem a ser trabalhados pela Ana, encaminhámo-la para a associação “O Ninho” onde pode contar com o apoio de técnicos especializados e da experiência e histórias partilhadas pelos membros da associação.
A associação “O Ninho” é uma IPSS, que informa a população em geral das causas e consequências da prostituição, combate as mentalidades vigentes face á prostituição, faz acolhimento, acompanhamento psicossocial, reuniões de grupo, orientação para o conhecimento dos diferentes recursos da comunidade e sua utilização, presta apoio judicial, promove inúmeras atividades culturais, sempre com o intuito de criar um ambiente familiar entre os membros da associação e promover a sua reinserção na sociedade.
Para a Ana conhecer esta associação e ser encaminhada para a mesma, é uma grande mais-valia, pois através do apoio psicológico pode continuar a expor os seus receios e medos sobre o seu futuro e do seu filho, e continuar a desenvolver com esta ajuda especializada, estratégias para a resolução de possíveis problemas, em termos de desenvolvimento pessoal, possibilitando-lhe níveis superiores de realização pessoal, e também alargar a sua rede de amizades ao participar nas atividades de lazer, ficando desta forma minimizados os possíveis impedimentos que possam surgir para a persecução dos objetivos desta intervenção.


CONCLUSÃO
Este trabalho realizado procura sobretudo despertar para os problemas da exclusão social, principalmente para quem “escolheu” a prostituição.
Sendo esta a mais antiga das profissões, deveria talvez ser a mais compreendida delas, mas nem por isso deixa de ser excluída e descriminada a pessoa que a pratica. É tempo de a sociedade perceber que nem sempre se fazem as melhores opções de vida, mas devemos ter sempre a oportunidade de ter uma segunda oportunidade e de provarmos do que realmente somos capazes de fazer.
Ana e Ricardo, são um exemplo do que podemos fazer, enquanto assistentes sociais, para ajudar a encontrar o caminho de cada um e assim, promover e estimular outras mulheres e homens a encontrar um caminho que melhor se adeque às suas capacidades e vontades.

Tudo é possível, basta querermos!

Elaborado por:
Manuela Lopes
Maria Monteiro
Sara Serrano
Susana Manuel


BIBLIOGRAFIA
Bock, A. M., Furtado, O., & Teixeira, M. d. (2001). Psicologias - Uma Introdução ao Estudo de Psicologia (13.ª Edição ed.). (E. C. Spadaccini, Ed.) São Paulo, Brasil: Editora Saraiva.
Cardoso, S. H. (Mar-Mai de 1997). Memória: O Que é e Como Melhorá-la . Obtido em 30 de Dezembro de 2011, de Cerebro & Mente: http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm
Hofstatter, P. R. (1978). Psicologia (2.ª Edição ed.). (J. C.-R. Ernesto Sampaio, Trad.) Lisboa: Meridiano.
Omote, S. (Set-Dez de 2004). Estigma no tempo da inclusão. Rev. Bras. Ed. Esp., vol 10, pp. 287-308.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sexualidade na Terceira Idade: Qualidade de Vida


“Amor é privilégio de maduros estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto, o prémio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado, que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço terrestre, salvo o minuto de ouro
no relógio minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite, depois de arquivar toda
a ciência herdada, ouvida.
Amor começa tarde.”

Carlos Drummond de Andrade

Introdução

O presente trabalho é feito no âmbito da unidade curricular Introdução à Gerontologia e tem como objetivo mostrar que a Sexualidade está presente em todas as idades. Este trabalho é dividido em duas partes: teórica e projeto de intervenção; na primeira parte iremos introduzir o tema, como é vista a sexualidade na terceira idade e apresentar as principais causas da diminuição desta entre os idosos; na segunda parte faremos um projeto de intervenção com o objetivo de ajudar a melhorar a vida sexual dos idosos.
Na atualidade, em que o belo é enfatizado, os idosos ficam esquecidos e são vistos como seres assexuados, seres sem interesse sexual, sem desejos, sem necessidades de carinho, mas isso é apenas um mito pois “o amor e a sexualidade dos idosos em nada diferem na intensidade daqueles entre pessoas jovens” [ALMEIDA e LOURENÇO, 2008].

Sexualidade na Terceira Idade

A sexualidade na Terceira Idade é um tema pouco abordado e pouco compreendido pela sociedade, ao qual estão associados muitos preconceitos e estigmas. Ao contrário do que se pensa, as pessoas idosas sentem desejos e necessidades de carinho tal como qualquer outra pessoa jovem, o que muitas vezes acontece é que a mudança do corpo e o aparecimento de disfunções ou problemas de saúde fazem com que algumas pessoas se sintam retraídas e pensem que a sua vida sexual chegou ao fim. Para muitas pessoas ser idoso é tomar conta dos netos, ver televisão, fazer tricô, e não é tido em conta a necessidade de afeto.
“Vários elementos são apontados como determinantes ou indicadores de bem-estar na velhice: longevidade; saúde biológica; saúde mental; satisfação; controle cognitivo; competência social; produtividade; actividade; eficácia cognitiva; status social; renda; continuidade de papéis familiares e ocupacionais, e continuidade de relações informais em grupos primários, principalmente rede de amigos” [Neri, 1993]; se a estes se juntarem o afeto, a paixão, o namoro, o amor, o sexo, a cumplicidade, o companheirismo, etc., o idoso poderá ter uma vida ainda mais satisfatória, defendem Lacerda e Lourenço [2008].
A Sexualidade não é apenas o ato sexual em si, mas engloba também as carícias, o toque, os beijos, e o diálogo, são maneiras de trazer de volta do erotismo. “A Sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar o amor, contacto, ternura, intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ser-se sexual. A sexualidade influência pensamentos, sentimentos, acções, interacções e, por isso influência também a nossa saúde física e mental” [Organização Mundial de Saúde]. “Holisticamente, o termo sexualidade tem tido dois significados: a procura de prazer sexual, reprodução, a necessidade de amor e realização pessoal e a tomada de consciência da sua identidade sexual, ou seja, o sentimento de ser macho ou fêmea” [CUSTÓDIO, 2008]. “Sexualidade não é sinónimo de relações sexuais” [CUSTÓDIO, 2008].
Uma das causas respeitantes ao arrefecimento e diminuição de práticas sexuais está relacionada com a religião, mais propriamente devido a fatores psicossociais e morais, pois a sociedade ocidental é normalmente educada pelas práticas da religião cristã que identifica as práticas sexuais como pecado, logo as pessoas com mais idade que são religiosas praticantes têm tendência a anular os seus desejos por mera questão de moralidade.
Outra causa é a perda da privacidade – muitos idosos vão viver com os filhos e estes passam a controlar os pais. Quando são institucionalizados também perdem a sua privacidade, e novos relacionamentos não são bem vistos na instituição.
O estado de saúde, problemas de impotência no homem e dispareunia da mulher, efeitos de medicamentos e a perda do interesse do companheiro são também causas do arrefecimento sexual.
Contudo, ao contrário do que se pensa, existem muitos casos de HIV entre idosos, não são fenómenos apenas entre jovens e adultos. Este facto está associado ao aparecimento do Viagra, que dá aos idosos um maior desempenho sexual, o que os faz procurar prostitutas. Indiretamente fármacos como o Viagra acabam por ser causadores de inúmeros casos de HIV, mas também o facto das respetivas mulheres deixarem de ter interesse sexual e isso leva os maridos a procurarem a sua satisfação fora de casa.
Apesar das mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento, tanto os homens como as mulheres podem continuar a desfrutar da sua sexualidade. Na generalidade, as mulheres não dão tanta importância ao desempenho sexual, mas sim às alterações do corpo, a perda da juventude. Os homens estão mais preocupados com o facto de conseguirem ereção e isso leva-os a estados de ansiedade. Na mulher verifica-se mais um declínio de desejo e de desempenho sexual.
Encontram-se entre as principais alterações fisiológicas masculinas:
• O decréscimo na produção de esperma;
• A redução progressiva da produção de testosterona; esta descida provoca alterações no homem, tais como: cansaço, irritabilidade, diminuição do apetite sexual; dificuldades na concentração, etc.;
• A capacidade de ereção torna-se mais demorada e precisa de uma maior estimulação;
• A quantidade de sémen ejaculado é menor e a sensação de orgasmo é menos intensa e de menor duração;
• Verifica-se uma menor e mais lenta elevação dos testículos, bem como uma redução da tensão muscular durante a relação sexual.
• Aumento do período refratário (tempo decorrido entre uma ejaculação e a seguinte).
• Todos os aspetos biológicos e psicológicos sentidos pelo homem acima mencionados fazem parte da sua entrada na fase da andropausa.

Estes problemas podem ser agravados quando existe incompreensão por parte da mulher, a qual faz sentir ao homem que este perdeu a sua virilidade e ridiculariza-o por isso.
Já nas mulheres ocorrem as seguintes modificações fisiológicas:
• Perda da elasticidade da vagina, que se torna mais estreita e reduzida no seu tamanho;
• Seios mais flácidos e menos volumosos em grande parte das mulheres;
• Lubrificação vaginal mais lenta e menos acentuada devido às alterações do estrogénio ;
• Alterações, nas formas do corpo, por acumulação de gordura em determinadas zonas, o que compromete a manutenção de uma silhueta tipicamente feminina;
• As modificações da estrutura vaginal, bem como as relacionadas com a lubrificação, podem tornar o coito doloroso e desagradável (dispareunia).
Na mulher estes sintomas estão relacionados com a menopausa, altura em que termina o período fértil da mulher; contudo as mudanças que afetam mais a mulher são a nível psicológico.
Como se pode constatar por tudo o que foi mencionado, a sexualidade é um fenómeno que envolve a pessoa no seu todo e que abrange uma complexa interação de variáveis biológicas, psicológicas e socioculturais.
Logo, quando se aborda a sexualidade na terceira idade nos dias de hoje, temos que ter em conta que estamos a falar de pessoas que cresceram na primeira metade do século XX, onde temas como este eram considerados “tabu” e que envolvem também questões culturais muito fortes, sendo por isso muito complicado para o idoso falar abertamente das suas dúvidas e sobre estas questões, devido ao peso cultural e social. Frequentemente, e devido ao desconhecimento e à pressão sociocultural, os idosos manifestam sentimentos de culpa e vergonha, chegando mesmo a considerarem-se pessoas fora da normalidade por sentirem prazer e vontade de manifestar a sua sexualidade, e devido a isso calam-se para não se sentirem descriminados pela sociedade. Isto acontece porque a sociedade, em geral, atribui determinados papéis ao idoso e cabe a todos nós alterá-los, pois é um contra-senso numa sociedade dita “liberal”, onde já se ultrapassaram tantos preconceitos a nível sexual, como por exemplo a homossexualidade, ainda se fazer juízos de valor e ter comportamentos preconceituosos em relação à sexualidade nos idosos.
Não podemos esquecer que o envelhecimento é um fenómeno global e que a população mundial está a ficar cada vez mais envelhecida devido a vários fatores, tais como os progressos a nível da medicina e a diminuição da fecundidade/natalidade; por isso é necessário reformular a maneira como se encara a terceira idade, não se pode continuar a considerar as pessoas que se afastam da sua vida profissional como que “acabadas para a vida”, e como um peso a nível social.
Cada vez mais a esperança de vida é maior e os idosos são ativos e autónomos até mais tarde, não devemos encarar o idoso só pela perspetiva cronológica, ou até pressupor que existe uma forma de agir para cada idade, pois a vivência das diferentes etapas do envelhecimento diferem de pessoa para pessoa. O grupo da terceira idade tem um peso cada vez maior na nossa sociedade, devendo sobre ele recair um “novo olhar”, não só a nível social mas também a nível político, para que gradualmente se consiga extinguir muitos dos preconceitos que existem em relação ao idoso.
A capacidade de amar não tem limites cronológicos, a sexualidade tem várias formas e o ser humano é um ser que necessita de carinho e que se adapta às limitações do seu corpo, arranjando formas de ultrapassar as dificuldades da idade para conseguir continuar a ter e a fazer as coisas que lhe dão prazer.
Hoje em dia, em alguns centros de saúde já existe uma abordagem destes temas com as pessoas de mais idade, embora o meio cultural em que foram educadas faz com que elas não se queiram expor e tenham muita dificuldade em falar destas temáticas; em contrapartida, recorrem muitas vezes a panfletos explicativos das questões relacionadas com a sexualidade e com as alterações e doenças que podem surgir com o avançar da idade.
As próximas gerações de idosos não irão encontrar tantos problemas em falar sobre estas questões pois com a globalização e as novas tecnologias que dispomos (principalmente a internet) aceder à informação é muito mais fácil. Temos que ter capacidade de ajudar o idoso de hoje a ultrapassar estas dificuldades, a não se sentir descriminado nem marginalizado quando fala sobre sexualidade.

Projeto de Intervenção

A intervenção que pretendemos apresentar tem duas fases. Uma em que é feita formação às pessoas idosas onde o assunto abordado será a sexualidade e de que modo esta é promotora de uma melhor qualidade de vida dos nossos destinatários – os idosos a partir dos 65 anos. Esta formação é apresentada por um sexólogo que abordará os seguintes temas:

1. As diferentes idades da terceira idade
2. Alterações físicas e psicológicas na terceira idade
3. A importância da sexualidade na terceira idade
4. Os diferentes tipos de sexualidade
5. Prevenção de doenças contagiosas
6. Sexualidade e a institucionalização
7. Diálogo e partilha de sentimentos
8. Sexualidade e qualidade de vida

Numa segunda fase, e uma vez que os idosos já estão mais esclarecidos devido á formação, considerámos que um rastreio e sessão de esclarecimentos com um médico seria conveniente, de modo a que as pessoas se possam prevenir, não só a nível físico (em termos de doenças limitadoras à prática sexual) como também em termos de prevenção de doenças contagiosas, pois como foi referido anteriormente tem-se registado um aumento de casos de HIV nesta população.
A iniciativa da formação visa não só fornecer informação útil à população idosa como também gradualmente levar as pessoas a sentirem-se confortáveis em discutir esta temática que é considerada tabu e incentivar ao diálogo não só entre os participantes como também transportar este diálogo para a família (cônjuge e filhos) e para as instituições (lares e centros de dia) de modo a que haja uma sensibilização geral e em última análise, contribuir para uma maior qualidade de vida, em primeiro lugar do idoso e depois da família.
Já a iniciativa do rastreio médico tem por objetivo efetuar um rastreio das condições físicas gerais dos participantes, detetar e reencaminhar os mesmos para um melhor acompanhamento médico (caso seja necessário) e esclarecimento de dúvidas gerais. Também se pretende perceber de que modo os idosos se previnem das doenças contagiosas, esclarecer dúvidas nesta matéria e promover as medidas a tomar para a prevenção.

Regularidade e Locais de Intervenção:
Ambas as iniciativas teriam um maior benefício para esta população se fossem com alguma regularidade (talvez semanal) pois assim sempre poderiam voltar para esclarecimento de dúvidas ou até para se fazerem acompanhar dos respetivos cônjuges ou até família. Seria de elevado interesse que este tipo de iniciativas também fosse aplicado nas instituições, pois aí existem igualmente dificuldades de comunicação entre cuidadores e idosos e esta seria uma boa forma de promover o diálogo e sensibilizar estas para o tema da sexualidade, principalmente nas próprias instituições que são muitas vezes castradoras.

Destinatários:
Este projeto tem vários destinatários uma vez que pretendemos promover a sexualidade para uma boa qualidade de vida dos idosos. Assim, os idosos são o principal destinatário do nosso projeto. Considerando que existem várias idades, conforme é abordado no plano de formação, iremos considerar todas as idades a partir dos 65 anos, uma vez que cada uma delas tem necessidades específicas e diferentes.
Também as famílias são destinatários alvo do nosso projeto, pois a partir do momento em que os seus pais se reformam os filhos começam a tomar conta deles e muitas vezes, por diversos motivos, passam a residir com eles e, consequentemente, existe uma perda de privacidade. É necessário que a família também se envolva nestes assuntos, pois muitas vezes não existe essa sensibilidade para a sexualidade dos seus pais.
Por último, as instituições enquanto cuidadores e promotores da qualidade de vida dos idosos institucionalizados. Muitas vezes por falta de pessoal com formação específica na área, outras vezes devido à sobrelotação ou falta de condições das mesmas, torna-se quase impossível conseguir ir ao encontro desta necessidade das pessoas idosas. Consideramos que é relevante as instituições terem formação a este nível, não só para estarem despertas para o tema, como também considerarem a hipótese de alterarem procedimentos e até criarem condições para ir ao encontro destas necessidades. Fazer das instituições um lugar onde se possam promover atividades que potenciem a partilha de informação e o envolvimento das respetivas famílias na melhoria da qualidade de vida e da sexualidade desta população.

Conclusão

Após a apresentação dos dados e do nosso projeto de intervenção que pretendemos que seja o mais abrangente possível dada a temática e que vá ao encontro dos principais intervenientes que lidam com a população idosa, achamos pertinente afirmar que este é um trabalho de todos, inclusivamente da sociedade, na medida em que é necessário uma desmistificação de preconceitos da sexualidade sénior.
Precisamos de olhar para o ser humano como um todo e não dividido em partes, precisamos de perceber que o que fazemos hoje terá influência no amanhã, pois poderemos ser vítimas do nosso próprio estigma.
É urgente aprendermos a ser tolerantes e acima de tudo considerar que o outro tem necessidades, desejos e sentimentos e tentarmo-nos posicionar no lugar do outro sem descurar os valores que nos são intrínsecos.
Esta é apenas uma pequena parte do que podemos fazer para ajudar a melhorar a qualidade de vida no final dos nossos dias.


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Elaborado por:
Manuela Lopes
Maria Monteiro
Sara Serrano
Susana Manuel